Em um ano, o número de áreas do Distrito Federal consideradas pela Defesa Civil como “de risco” subiu 13%. Um levantamento feito pelos agentes de segurança verificaram 634 novos locais sujeitos a algum tipo de desastre na capital federal.
No ano passado, foram identificados 4.733 pontos críticos. Neste ano, a Defesa Civil compilou 5.367 locais de risco.
Os principais problemas apontados são riscos de:
- Alagamento
- Deslizamento
- Incêndio
- Choque elétrico (diversas casas estão sem disjuntor e são abastecidas por gambiarras na rede)
Entre as áreas de risco, estão Santa Luzia, Sol Nascente, Vicente Pires, Vila Cauhy, Arniqueiras, Vila Rabeiro, Porto Rico e Fercal. Na Vila Cauhy, por exemplo, cerca de 300 pessoas ficaram desalojadas depois que um córrego transbordou, em 2006.
Imóveis em situação de risco no DF
Região administrativa | 2017 | 2018 |
Arniqueiras | 383 | 383 |
Ceilândia | 367 | 448 |
Estrutural | 1320 | 1320 |
Fercal | 456 | 456 |
Itapoã | 5 | 25 |
Núcleo Bandeirante | 76 | 76 |
Paranoá | 40 | 35 |
Planaltina | 220 | 220 |
Recanto das Emas | 250 | 250 |
Riacho Fundo I | 255 | 255 |
SIA | 85 | 85 |
Samambaia | 127 | 127 |
Santa Maria | 325 | 325 |
São Sebastião | 350 | 607 |
Sobradinho I | 0 | 211 |
Sobradinho II | 217 | 287 |
Taguatinga | 9 | 9 |
Varjão | 28 | 28 |
Vicente Pires | 220 | 220 |
Total de residências | 4733 | 5367 |
Crescimento
Já as regiões que apresentaram maior crescimento na quantidade de áreas de risco são Ceilândia, São Sebastião e Sobradinho (veja gráfico abaixo).
De acordo com a Defesa Civil, o crescimento nesses locais está ligado ao aumento do número de invasões.
● Sobradinho I: 0
O que quer dizer?
Segundo o órgão, a diferença entre uma área de “risco” e de “vulnerabilidade” está no grau de dificuldade de recuperação do local após um desastre natural. “O objeto é o desastre. A dificuldade de gerenciar uma volta à normalidade”, afirmou o chefe da pasta, Sérgio Bezerra.
As tesourinhas, por exemplo, são consideradas pontos de vulnerabilidade porque após o alagamento, dentro de 10 a 15 minutos, a água começa a escoar, informou o subsecretário. Já as áreas de risco são consideradas mais críticas.
As medidas contra os riscos são preventivas, como a construção de sistemas de drenagem e esgoto. De acordo com Bezerra, estas intervenções de engenharia permitem maior escoamento de água, evitando a formação de correntezas nas ruas.
Fonte: Correio Braziiliense